quinta-feira, 9 de junho de 2011

6ª SÉRIE 2011 - SEGUNDO BIMESTRE - HISTÓRIA DO TEATRO

T E A T R O
H I S T Ó R I A
Teatro e Catequese
TEATRO DOS JESUÍTAS - SÉCULO XVI
Nos primeiros anos da colonização, os padres da chamada Companhia de Jesus (Jesuítas), que vieram para o Brasil, tinham como principal objetivo a catequese dos índios. Eles encontraram nas tribos brasileiras uma inclinação natural para a música, a dança e a oratória. Ou seja: tendências positivas para o desenvolvimento do teatro, que passou a ser usado como instrumento de "civilização" e de educação religiosa, além de diversão. O teatro, pelo "fascínio" da imagem representativa, era muito mais eficaz do que um sermão, por exemplo.
As primeiras peças foram, então, escritas pelos Jesuítas, que se utilizavam de elementos da cultura indígena (a começar pelo caráter de "sagrado" que o índio já tinha absorvido em sua cultura), até porque era preciso "tocar" o índio, falando de coisas que ele conhecia. Misturados a esses elementos, estavam os dogmas da Igreja Católica, para que o objetivo da Companhia - a catequese - não se perdesse.
As peças eram escritas em tupi, português ou espanhol (isso se deu até 1584, quando então "chegou" o latim). Nelas, os personagens eram santos, demônios,imperadores e, por vezes, representavam apenas simbolismos, como o Amor ou o Temor a Deus. Com a catequese, o teatro acabou se tornando matéria obrigatória para os estudantes da área de Humanas, nos colégios da Companhia de Jesus. No entanto, os personagens femininos eram proibidos (com exceção das Santas), para se evitar uma certa "empolgação" nos jovens.
Os atores, nessa época, eram os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas praças e nos colégios. No que diz respeito aos autores, o nome de mais destaque da época é o de Padre Anchieta . É dele a autoria de Auto de Pregação Universal, escrito entre 1567 e 1570, e representado em diversos locais do Brasil, por vários anos.Logo em seguida o auto de Anchieta foi: Na festa de São Lourenço também conhecido como Mistério de Jesus.
A história do teatro no Brasil está intimamente ligado ao desenvolvimento específico da história do país.

SÉCULO XVI

TEATRO DE MARIONETE
Este século marca o segmento do teatro no Brasil, como instrumento dos jesuítas para catequese do público em potencial, ou seja, os índios. O conhecimento dos costumes e dos hábitos da civilização européia e ainda dos dogmas da igrejas era muito difícil de ser absorvido pelos nativos. Padre Anchieta foi um gênio na adaptação do conteúdo de sua mensagem de evangelização, personificando o bem e o mal, as virtudes, as divindades.
Neste período, vem para o Brasil o teatro de fantoches, que representa uma das representa uma das formas mais simples desta arte.
Não precisa de cenários complicados nem de atores, além de ser fácil de transportar.
Fantoches, bonecos e figuras utilizados em funções teatrais.
Anteriores ao teatro escrito e, sem dúvida, à própria escrita.
O títere mais simples é o de luva, ou de mão, que se ajusta sobre a mão e se manipula com os dedos. Os de haste ou bastão, que podem ser planos ou tridimensionais, são manipulados por meio de estacas ou varas, em mãos dos titeriteiros escondidos atrás do palco alto. Os fantoches ou marionetes são bonecos articulados, acionados de cima por meio de cordas ou fios.
O teatro de bonecos vai das simples cenas de dois títeres manipulados por um único titeriteiro, às elaboradas representações em espaço teatral totalmente equipado.
No Brasil o teatro de bonecos tem longa e respeitável tradição, por sua linguagem muito próxima do imaginário popular, com sua capacidade de transformar o maravilhoso em natural e a fantasia em realidade. Seguindo a linha tradicional universal, as histórias, desenvolvidas de improviso a partir de um roteiro-base, têm ação rápida, diálogos curtos e poucos personagens, e as correrias, sustos, pancadas, desmaios, são fatores sempre presentes, mantendo vivo o riso do público.
No nordeste, sobretudo Pernambuco e Paraíba, o ‘mamulengo’ (com bonecos de luva) há muito entrou na história popular, com os boi-bumbá, os frevos e os maracatus. O mamulengueiro, ou ‘mestre’, monta sua ‘empanada’ (lençol que esconde os titeriteiros) nas praças e representa, com ajudantes, histórias por ele inventadas, onde desfilam personagens-tipo bem conhecidos: o Coronel, o Capitão, o Soldado, o Padre, a Mulher, o Negro Benedito, além do Diabo, a Alma, a Onça ou o Cachorro.
Usando as mais diferentes formas de teatro de bonecos, foram surgindo trabalhos cada vez mais elaborados, como os que realiza o Mamulengo Só-Riso, de Fernando Augusto, em Olinda; o Giramundo, de Álvaro Apocalypse, em Belo Horizonte; os Bonecos de Dadá, em Curitiba; o XPTO, em São Paulo, entre outros. Segundo a Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB), há cerca de 200 grupos no país

2 comentários: