quinta-feira, 9 de junho de 2011

SÉTIMA SÉRIE 2011 - LEIA COM ATENÇÃO

SETIMA SÉRIE

TEXTO
O TEATRO BRASILEIRO
Ao tempo de Onde canta o sabiá, o Brasil vivia no compasso da República Velha, que tinha a sua base econômica sustentada pelo café. É um momento de grande especulação e euforia esse dos anos 20. Ainda não se tem a noção concreta da crise financeira que se abateria sobre o mundo no final da década: 1929, crack da Bolsa de Nov York. Enquanto a crise não chega, São Paulo e Rio de Janeiro podem rir com tranqüilidade assistindo a comédia de graça fácil, como por exemplo Cala a boca, Etelvina...de autoria de Armando Gonzaga, estrada em 1925 no Teatro Trianon do Rio de Janeiro. São Paulo e Rio não tinham mais que 600 mil habitantes e contavam com três ou quatro casas de espetáculo. Um público assíduo, formado pela burguesia aristocrática, transformou alguns atores em ídolos populares. Os dois mais importantes intérpretes desses anos foram Leopoldo Fróis e Procópio Ferreira. Até a altura dos anos 30, a característica básica da dramaturgia nacional foi o texto cômico, encenado por companhias profissionais que já se haviam tornado familiares ao público fiel. As peças ficavam poço tempo em cartaz e vale ressaltar que não havia a presença do diretor de teatro: o espetáculo era centrado na figura do ator-ídolo, senhor absoluto do palco. A improvisação foi a marca de muitos atores, que inseriam “cacos” nos textos, contribuindo, assim, para manter o clima de comédia que caracterizou esse teatro.
O TEATRO A PARTIR DA DECADA DE 80
Década de 80 – A diversidade é o principal aspecto do teatro dos anos 80. O período se caracteriza pela influência do pós-modernismo movimento marcado pela união da estética tradicional à moderna. O expoente dessa linha é o diretor e dramaturgo Gerald Thomas.
Montagens como Carmem com Filtro, Eletra com Creta e Quartett apresentam um apuro técnico inédito. Seus espetáculos dão grande importância à cenografia e à coreografia. Novos grupos teatrais, como o Ponkã, o Boi Voador e o XPTO, também priorizam as linguagens visuais e sonoras. O diretor Ulysses Cruz, da companhia Boi Voador, destaca-se com a montagem de Fragmentos de um Discurso Amoroso, baseado em texto de Roland Barthes. Outros jovens encenadores, como José Possi Neto (De Braços Abertos), Roberto Lage (Meu Tio, o Iauaretê) e Márcio Aurélio (Lua de Cetim), têm seus trabalhos reconhecidos. Cacá Rosset, diretor do Ornitorrinco, consegue fenômeno de público com Ubu, de Alfred Jarry. Na dramaturgia predomina o besteirol – comédia de costumes que explora situações absurdas. O movimento cresce no Rio de Janeiro e tem como principais representantes Miguel Falabella e Vicente Pereira. Em São Paulo surgem nomes como Maria Adelaide Amaral, Flávio de Souza, Alcides Nogueira, Naum Alves de Souza e Mauro Rasi. Trair e Coçar É Só Começar, de Marcos Caruso e Jandira Martini, torna-se um dos grandes sucessos comerciais da década. Luís Alberto de Abreu – que escreve peças como Bella, Ciao e Xica da Silva – é um dos autores com obra de maior fôlego, que atravessa também os anos 90.

1987 – A atriz performática Denise Stoklos desponta internacionalmente em carreira solo. O espetáculo Mary Stuart, apresentado em Nova York, nos Estados Unidos, é totalmente concebido por ela. Seu trabalho é chamado de teatro essencial porque utiliza o mínimo de recursos materiais e o máximo dos próprios meios do ator, que são o corpo, a voz e o pensamento.
Década de 90 – No campo da encenação, a tendência à visualidade convive com um retorno gradativo à palavra por meio da montagem de clássicos. Dentro dessa linha tem destaque o grupo Tapa, com Vestido de Noiva, de Nélson Rodrigues e A Megera Domada, de William Shakespeare. O experimentalismo continua e alcança sucesso de público e crítica nos espetáculos Paraíso Perdido (1992) e O Livro de Jó (1995), de Antônio Araújo. O diretor realiza uma encenação ritualizada e utiliza-se de espaços cênicos não-convencionais – uma igreja e um hospital, respectivamente. As técnicas circenses também são adotadas por vários grupos. Em 1990 é criado os Parlapatões, Patifes e Paspalhões. A figura do palhaço é usada ao lado da dramaturgia bem-humorada de Hugo Possolo, um dos membros do grupo. Também ganha projeção a arte de brincante do pernambucano Antônio Nóbrega. O ator, músico e bailarino explora o lado lúdico na encenação teatral, empregando músicas e danças regionais.Outros nomes de destaque são Bia Lessa (Viagem ao Centro da Terra) e Gabriel Villela (A Vida É Sonho). No final da década ganha importância o diretor Sérgio de Carvalho, da Companhia do Latão. Seu grupo realiza um trabalho de pesquisa sobre o teatro dialético de Bertolt Brecht, que resulta nos espetáculos Ensaio sobre o Latão e Santa Joana dos Matadouros.
1993 – O diretor Zé Celso reabre o Teatro Oficina, com a montagem de Hamlet, clássico de Shakespeare. Zé Celso opta por uma adaptação que enfoca a situação política, econômica e social do Brasil.
1998 – Estréia Doméstica, de Renata Melo, espetáculo que tem forte influência da dança. Essa encenação dá seqüência ao trabalho iniciado em 1994, com Bonita Lampião. Sua obra se fundamenta na elaboração da dramaturgia pelos atores, por meio do estudo do comportamento corporal das personagens.
1999 – Antunes Filho apresenta Fragmentos Troianos, baseada em As Troianas, de Eurípedes. Pela primeira vez, o diretor monta uma peça grega. Essa montagem é resultado da reformulação de seu método de interpretação, alicerçado em pesquisas de impostação da voz e postura corporal dos atores.
2000 – Antonio Araújo encena Apocalipse 1,11 em um presídio desativado, em São Paulo. Sua montagem, blasfema e iconoclasta, é baseada no texto bíblico de são João. A peça encerra uma trilogia de temas sacros, encenados em 2000. O título faz uma referência ao livro sagrado e também ao 111 presos mortos no maior já ocorrido durante uma rebelião na penitenciária do Carandiru, em São Paulo. Um detalhe: José Barbosa, autor desde 1975 com a primeira peça que foi “Afeto para mamãe”. Após esse trabalho com o grupo teatral GRUTEBO, são no total até hoje 21 (vinte e um )textos entre eles: Exemplo Exemplar, Escritório Imaginário, Tire seu Irmão das Trevas, Cicatriz da Vida e outras. Já com outra companhia de Teatro que é o atual Uruburbano Cênico vieram os textos: Herança de Babel, De Jeito a Jeito só Dando Jeito, A Arte da Natureza, Estória do Conto da História, Síndrome do Descaso, Face a Face em Confissões Perdidas e por ultimo, “Conseqüência dos Fatos”.
No meados dos anos 70 e 80 quando iniciamos, até hoje, quem quer aprender na área das Artes Cênicas procurava uma vaga no elenco do Grutebo hoje Cia. Uruburbano Cênico, onde damos importância a história que nos ensina que a criatividade humana se aguça diante das mudanças e encontra novas formas de valorização do trabalho para os jovens que buscam uma valorização de Ser diante de uma Sociedade que muitas vezes nos despreza. Tentamos adquirir uma inclusão desta mesma pessoa na Sociedade dando a ela uma visão de querer é poder.
ATIVIDADES
1a. P r o p o s t a
Crie dez perguntas com respostas.
2a. P r o p o s t a Pesquise uma biografia de uns dos nomes apresentado no segundo bimestre e uma peça
ENTREGAR AS PROPOSTAS DO DIA 21 ATÉ O DIA 26 de junho

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